quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Menores de 18 anos terão prioridade na fila de transplante


No dia 21/10/2009, o Ministério da Saúde divulgou que pessoas com menos de 18 anos passarão a ter prioridade para receber órgãos de doadores da mesma faixa etária. Segundo o ministério, isso se dá devido à maior expectativa de vida desses pacientes. A medida faz parte de novo regulamento Sistema Nacional de Transplantes (SNT). O ministério também pretende incorporar ao trabalho do Sistema Único de Saúde (SUS) a cirurgia de retirada e o processamento de pele, que é uma ação inédita no Brasil. De acordo com o Ministério, o transplante de pele é indicado para tratar de grandes queimaduras. De acordo com as novas normas, os doadores que tenham alguma doença transmissível poderão doar para pacientes que tenham o mesmo vírus. Segundo a coordenadora do SNT, Rosana Nothen, a meta é ampliar o número de doadores potenciais: “A morte encefálica é cada vez mais rara, porque as pessoas se cuidam mais, então temos que conviver com a questão da escassez. Assim sendo, temos que otimizar os procedimentos. Por isso a doação de pessoas com o mesmo vírus”, explicou. Dessa forma, órgãos de um doador que tenha hepatite C, por exemplo, agora já podem ser transplantados em um paciente que também seja portador da mesma doença. O transplante entre pessoas vivas também sofreu modificações. Antes era preciso autorização judicial. Com o novo regulamento, uma comissão de ética formada por funcionários do hospital onde será realizado o procedimento é que vai autorizar o transplante.

Investimento de R$ 24 milhões


Os cerca de 63 mil pacientes que esperam na fila de transplante de órgãos no Brasil vão ganhar benefícios e incentivos, a partir do novo regulamento do SNT. O Ministério da Saúde anunciou ainda um investimento de R$ 24,1 milhões.
Um novo sistema informatizado, com o objetivo de tornar a lista de espera mais transparente, vai possibilitar que os pacientes consultem sua colocação através de um site, que deve entrar no ar até o fim do ano. Outra mudança é o valor pago à equipe envolvida nos procedimentos de captação dos órgãos, que vai dobrar. A retirada de um coração por exemplo, que tinha um custo de R$ 585, passará a ter uma verba de R$ 1.170. Entre as novas ações, estão a entrevista com a família do doador e a manutenção dos prováveis doadores. “Temos dois desafios principais. Um é sensibilizar a sociedade a ser um doador potencial. O outro é ampliar a captação de órgãos e, portanto, a realização de transplantes”, afirmou o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão.



Fonte: eptv.globo.com/doacao/img/chamada_home.jpg

Nenhum comentário: